segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O Signo linguístico

1. Introdução

O fundador da lingüística moderna chama-se Ferdinand de Saussure. Saussure trouxe novos caminhos para a lingüística, graças ao seu estudo sobre a língua e a fala (langue e parole). ParaSaussure a língua foi imposta ao indivíduo, enquanto a fala é um ato particular.A soma língua + fala resulta na linguagem.
Outro aspecto básico da doutrina saussuriana é a do signo lingüístico. O signo é o resultado designificado mais significante.

➢ Signo = significado + significante

S.m. Indício, marca, símbolo, sinal indicativo. / Lingüística: Qualquer unidadesignificativa, de qualquer linguagem, resultante de uma união solidária entre significantee significado.

➢ Significado: conceito

S.m. Acepção, sentido, significação. / Lingüística: Valor, sentido ou conteúdo semânticode um signo lingüístico.

➢Significante: forma gráfica + som

Adj. Que significa; significativo. / s.m. Lingüística: Imagem acústica ou manifestaçãofônica do signo lingüístico.

Toda palavra que possui um sentido é considerada um signo lingüístico. Exemplo: “Livro” é um signo lingüístico. Quando observamos o signo “livro” percebemos que ele é a união de som, conceito eescrita, ou seja, significado e significante.Outros exemplos de signos lingüísticos: Mar, cadeira, ventilador, cachorro, casa...

2. Característica do signo linguístico

a. Arbitrariedade: uma das características do signo lingüístico é o seu caráter arbitrário.Não existe uma razão para que um significante (som) esteja associado a um significado (conceito). Isso explica o fato de que cada língua usa significantes (som) diferentes paraum mesmo significado (conceito).

b. Linearidade: Os componentes que integram um determinado signo se apresentam umapós o outro, tanto na fala como na escrita.

ESQUEMA 1:



ESQUEMA 2:



ESQUEMA 3:

Mãos à obra

Affonso Romano de Sant'Anna

O procedimento é muito simples. Primeiro você separa as coisas em grupos diferentes. É claro que uma pilha pode ser suficiente, dependendo de quanto há por fazer. Se você precisar ir a outro lugar por falta de equipamento, então esse será o segundo passo. Se não precisar, pode começar. É importante não exagerar. Isto é, é melhor fazer umas poucas coisas de cada vez do que muitas. Isto pode não parecer importante imediatamente, mas as complicações podem começar a surgir. Um erro pode custar caro. No início, o procedimento poderá parecer complicado. Logo, porém, ele será simplesmente mais um fato da vida. É difícil prever algum fim para a necessidade desta tarefa no futuro imediato, mas nunca se sabe. Depois de o procedimento ter sido completado, você deverá agrupar os materiais em diferentes pilhas novamente. Em seguida, eles podem ser guardados nos lugares apropriados. Um dia, eles serão usados mais uma vez e o ciclo terá que ser repetido. Contudo, isso faz parte da vida.

(Trad. De BRANSFORD, j. E McCARRELL, N.”A sketch of a cognitive approach to comprehension”. Apud KLEIMAN, A. texto e leitor. São Paulo: Pontes, 1989. p.48)

Estudo Dirigido:

*Do que o texto fala?
*O que são “as coisas”?
*Que atividade é detalhada nesse texto?
*Onde ocorrem essas ações?

Sobre os dois textos:

1. Os dois textos – "A pesca" e "Mãos à obra" – podem ser considerados bons textos? Por quê? Qual a diferença entre eles?

2. Que características fazem com que um texto seja um texto e não apenas uma sequência de frases?

3. Identifique no texto Mãos à obra, as palavras que o tornam impreciso, genérico em demasia, e substitua essas palavras por outras que esclareçam o assunto tratado nele.

Fonte: Livro de receita do professor de português de Carla Viana

A Pesca

1. Duas perguntas para reflexão:

*O que é um texto?

*Que características deve ter um bom texto?

2. Leia o texto A pesca - de Affonso Romano de Sant'Anna

O anil
O anzol
O azul

O silêncio
O tempo
O peixe

A agulha
vertical
mergulha

A água

A linha
A espuma

O tempo
O peixe
O silêncio

A garganta
A âncora
O peixe

A boca
O arranco
A rasgão
Aberta a água
Aberta a chaga
Aberto o anzol

Aquelíneo
Ágil-claro
Estabanado

O peixe
A areia
O sol.

3. Estudo dirigido

a. Quem estava pescando?
b. Onde?
c. Com quem?
d. Pescou ou não algum peixe?
e. Quem era estabanado?
f. O que é aquelíneo?

4. Depois de ler o texto "A pesca", escreva um texto contando para uma pessoa que não conhece esse poema o que você entendeu dele.

Leia o texto de um colega e deixe que ele leia o seu. Procure ver as diferenças entre a sua interpretação e a dele.
Se o texto que vocês leram é o mesmo, o que justifica as diferenças de interpretação

5. Discuta com seu colega as diferenças entre a interpretação que você fez desse texto e a dele.

6. Que transformações o texto sofreu para ser transformado em prosa?


Fonte: Livro de receita do professor de português de Carla Viana